Uma quadrilha de falsos advogados que aplicavam golpes em diversos estados do país é alvo de uma operação da policial na manhã desta quarta-feira (22 de novembro). Paranaenses estavam entre os principais alvos do esquema criminoso, conforme a Polícia Civil.
Ao menos 50 pessoas registraram boletim de ocorrência sobre o fato somente em Curitiba.
Além da Polícia Civil do Paraná, autoridades do Ceará também participam da ação, que cumpre 83 ordens judiciais em desfavor dos investigados. Dentre os mandados estão 20 de prisão e 63 de busca e apreensão, cumpridos nas cidades cearenses de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba, e em Guarulhos, no Estado de São Paulo.
O ESQUEMA
Segundo a PCPR, a quadrilha se passava por escritórios de advocacia e aplicava golpes em diversos estados do Brasil, especialmente no Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Os criminosos entravam em contato com pessoas que tinham valores a receber em ações e processos judiciais e realizavam cobrança indevidas utilizando documentos falsos, com a promessa de liberar o pagamento.
Para tentar passar legitimidade ao golpe, eles criavam registros no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) falsos e, ao entrarem em contato com as vítimas, davam informações reais sobre processos dos quais elas eram partes.
“A associação criminosa era extremamente organizada, afrontavam funções essenciais à justiça se fazendo passar por escritórios de advocacia. Afrontavam também o poder judiciário falsificando documentos judiciais como acórdãos, sentenças”, explica o delegado Emmanoel David.
Os suspeitos utilizavam diversos números telefônicos para aplicar os golpes via aplicativo de mensagens. Nas conversas, pediam dinheiro às vítimas para que pagassem documentos, com a promessa de que receberiam o valor total dos processos jurídicos.
Ainda conforme as investigações, nos endereços citados como os supostos escritórios de advocacia funcionavam, na verdade, estabelecimentos como uma pastelaria e lojas.
As investigações também contaram com o apoio da Ordem de Advogados do Brasil (OAB).
“A OAB Paraná tem dado suporte às investigações graças ao monitoramento constante dos casos que nos são reportados. Reforçamos tanto para a classe quanto para a comunidade a importância de denunciar esse tipo de situação para que as autoridades policiais possam atuar e erradicar o problema”, ressalta Marilena Winter, presidente da OAB Paraná.
A Polícia Civil deve dar mais detalhes sobre a operação ao longo do dia.
Fonte:Gmais Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário